Pesca de Espada

O violento espada tem esse nome por causa de sua forma, cor prateada e seus poderosos e cortantes dentes. Habita todo o litoral brasileiro e é mais encontrado dentro ou perto de baías, atinge até 2 metros de tamanho, chega a pesar mais de 4 kilos e pode ser pescado o ano inteiro.

Um bravo do mar, é uma pesca emocionante e exige técnica e habilidade do pescador. Devido aos seus dentes afiados ele rompe facilmente qualquer linha, obrigando o uso de chicotes de aço e material de pesca médio/pesado.

Uma linha 0,40, bóia luminosa, sardinhas inteiras transpassadas por um arame de aço com garatéia são uma ótima pedida. Sua incidência é mais frequente à noite, quando a bóia luminosa irá fazer a diferença. Atenção quando recolher a linha da água, pois o espada costuma perseguir a isca até os últimos metros de linha antes de atacar, e depois da briga jamais coloque sua mão perto da boca deste voraz brigador, use sempre alicate e pegador.

A pescaria vale pela emoção e pela saborosa carne, que servida assada com molho de camarão é um manjar dos adoradores de peixes. Lembre-se de matar só o que vai comer, sempre solte os filhotes para que as gerações futuras também possam sentir a emoção de fisgar um dos melhores brigadores do mar

Como usar Varas de Pesca

Para quem está iniciando na modalidade da pesca com iscas artificiais, a primeira lição é aprender a carregar e descarregar a ação da vara, seja ela qual for. carregar a ação da vara significa fazê-la trabalhar o arremesso. Normalmente o que se vê é o braço do pescador trabalhando o arremesso, e não a vara. Num arremesso normal até pode funcionar, pois o ato de levar o braço para trás faz com que a vara “carregue” a ação.

Porém, será impossível por exemplo, efetuar um arremesso 360º sem carregar a ação da vara, e com o braço não será possível fazê-lo. O braço deve trabalhar na sustentação da vara e direcionamento para o alvo, o punho atua para carregar e descarregar a ação bem como quanto de carga se carregará afim de atingir o alvo (está diretamente relacionado com a precisão), e a vara é que impulsionará a isca para o ponto a ser atingido. Por isso é muito importante utilizá-la dentro das capacidades previstas. A importância do ato de carregar e descarregar a ação da vara reside não apenas na utilização correta para a qual foi destinada, mas principalmente nos arremessos possíveis de se realizar trabalhando-a adequadamente. existem situações que impõem arremessos diferenciados, sob pena de não se conseguir arremessar. Por exemplo: arbustos ou pessoas de ambos os lados e galhos por cima. Como arremessar numa situação dessa? O arremesso “Underhead Cast” é uma das possibilidades, mas não a única (há o “360º”, o “Slingshot Cast” e o “Flippin  Cast”). Só que para efetuá-los se necessita antes aprender a carregar e descarregar a ação da vara. E isso para a imensa maioria dos arremessos. Aliás, acredito que o único arremesso para o qual não é necessário carregar a ação da vara é o Pitching.

Tomando por base uma vara de ação rápida, com seis pés (1,82 m), capacidade para linhas entre 8 lb. a 17 lb. (de +- 0.28mm a +- 0.35mm, dependendo da marca e modelo da linha), e capacidade de casting para iscas de 1/4 oz. até 3/4 oz. (7 gr. até 21 gr.), vejamos como fazer. Para quem usa carretilhas, é aconselhável que ela seja regulada para “arremessos contra vento forte”, ou seja, com toda a carga do freio (magnético ou centrífugo) atuando sobre o giro do carretel, além de ajustar muito bem a sintonia fina, pois senão o risco dela armar uma cabeleira será muito grande, já que inicialmente não teremos condições de controlar a descarga da ação, ainda mais numa vara de ação rápida. Depois, ata-se um snap na ponta da linha (facilita a troca de iscas) e monta-se nele uma isca de aproximadamente 12 gr. (7/16 oz.). O motivo para a isca “pesada” é que ela facilita bastante adestrar o ato de carregar e descarregar a ação da vara, eis que o peso, por si, já imprime uma carga e uma descarga muito boa (no mercado existem pe-sos próprios para esse fim, embora difíceis de serem encontrados. O melhor é aproveitar uma isca velha ou que não se usa, tirar suas garatéias e passar a praticar com ela). Aí, com a vara estendida para a frente, o braço levemente flexionado para cima de forma que o punho posicione a vara apontada para a frente (não para cima acompanhando o braço, mas para a frente), experimente levantá-la até a altura do rosto (preferencialmente no centro deste, o que imprimirá maior precisão no arremesso) com pouco deslocamento do braço e muito do pulso. Quando a vara estiver se aproximando, detém-se – COM O PULSO – o deslocamento da vara. Ou seja, pára-se abruptamente de levantá-la. Você notará que a vara, devido à inércia, tentará continuar o movimento, chegando a vergar na direção do rosto. Quanto mais rápido for o deslocamento e sua parada súbita, mais a vara tenderá a continuar o movimento, o que causará maior pressão e a fará vergar mais. O fato da vara vergar devido à inércia, tentando continuar o movimento abruptamente interrompido, é justamente o ato de carregar sua ação.

O contrário, ou seja, quando a vara chega no limite da carga e inicia seu retorno à posição normal, é a descarga da ação. O peso da isca imprimirá maior carga e descarga. O segredo reside justamente no melhor aproveitamento dessas ações sucessivas que ocorrem em tempos ínfimos. Assim, após a completa carga da vara e, a partir do momento em que ela começa a descarregar, quanto mais suavemente conseguir-mos aproveitar a descarga da ação, melhor será o arremesso, tanto em distância como em precisão. Suavemente não quer dizer devagar, mas sim sem imprimir ações bruscas afim de conseguir maior distância. O que importa é aproveitar a continuidade da descarga imprimindo maior (acelerando a descarga) ou menor velocidade (amortecendo a descarga) de forma suave.

Quando temos oportunidade de observar especialistas arremessando podemos notar quão pouco esforço eles fazem para que a isca atinja distâncias absurdas e, ao mesmo tempo, incrivelmente precisas. Não poucas vezes, podemos ver o controle que eles exercem sobre a isca, desde o arremesso até o “pouso” suave na água. Isso é possível a eles devido ao intenso treino no ato de carregar e descarregar a ação da vara, chegando mesmo a exercer controle na carga e, principalmente, na descarga, para que a vara lhes proporcione o arremesso pretendido.

Muito antes da precisão, porém, aprender a carregar e descarregar a ação da vara é item prioritário para quem pretende efetuar arremessos com iscas artificiais. Treinando bastante – aí sim – logo se estará apto a colocar uma isca na “janela de captura” do peixe. Mas isso é outra história.

Pesca de Praia – Algumas Noções Básicas

Independente da praia a ser explorada para a pesca, podemos dividi-la em três ou até quatro diferentes distâncias. Cada uma destas distâncias, na realidade, altera os raciocínios de Pesca e os equipamentos a serem empregados

Pescaria Ultra-leve ou Leve:

Pescaria feita da espuma da arrebentação até uns 40 metros de distância. Para tal, recomenda-se material bem leve. Caniço leve e bem sensível, molinete ou carretilha pequenos, linha fina e peso do chumbo proporcional ao que o caniço recomenda, nunca superior a capacidade do material. Também chamada de pesca de beira.

Pescaria à meia-água, considerada Média:

Pescaria realizada entre 40 e 100 metros de distância. Para a mesma recomenda-se material médio. Caniço com comprimento médio de 3 metros e molinete e peso proporcionais a capacidade do caniço.

Pescaria Pesada, para longos arremessos:

Pescaria feita a mais de 100 metros de distância. É possível enviarmos nossa chumbada a distâncias que beiram os 170 metros. Recomenda-se caniço na faixa dos 3,90 metros, resistente ao lançamento da chumbada, que pode variar entre 90 e 200 grs. Molinetes maiores, com grande capacidade de linha, são os mais recomendados, de preferência os de bobina cônica. As bobinas cônicas têm a finalidade de eliminar ao máximo o atrito da linha com a parte superior da bobina, proporcionando um lançamento mais longo. Também dita pescaria longe ou “lá fora”.

Nestas três ou quatro variáveis de arremesso em pesca de beira de praia, os peixes pescados são os mesmos. Os tipos de anzóis escolhidos, até podem ser os mesmos, dependendo do desejo de captura do pescador. Caso queiram exemplares de grande porte, deve-se ter em mente que a espessura da linha e o tamanho do anzol devem acompanhar este desejo. Para pescar peixes menores, anzóis menores e linhas finas são mais produtivos. O que queremos dizer é que peixe grande pode ser pego em qualquer distância, bem como os peixes menores também. A incidência de peixes pequenos ocorre, na maioria das praias brasileiras, bem próximo ao pescador, o que não impede em nada o aparecimento também dos grandes exemplares nesta área. Isto justifica em parte a utilização de mais de um caniço ao mesmo tempo para os pescadores de praia. Cada caniço podendo procurar um tipo de peixe diferente. Por isso é que aconselhamos o pescador a definir sempre o tipo de peixe desejado para que possa definir melhor também o seu material. Pescar, por exemplo, com o material para pesca pesada na beira é uma opção pouco inteligente, pois quanto menos sensível for o material, mais difícil será a pescaria. É possível pegarmos os grandes peixes perto assim como muitas vezes pegamos os menores a grandes distâncias. O que pedimos é que não relacionem o uso do material pesado com peixe grande e pesado pois o material para o atingimento de longas distâncias será necessariamente mais pesado que os demais. A antiga terminologia que dividiu a pesca de praia em “barras”, na realidade, fazia esta referência porém isto já não ocorre mais.

Hoje já e possível contrariar estes conceitos na medida em que, a grosso modo, o que determina o tamanho do peixe a ser procurado é o tamanho do anzol e nem tanto a distância a ser arremessada ou a espessura da linha. É comum pescadores experientes tirarem grandes peixes, e até arraias, de 10 quilos com linha de espessura 0,20 mm. Assim como, se o pescador quiser pescar cações e arraias, ele pode aumentar a espessura da linha de propósito para garantir a retirada dos peixes ferrados. Portanto, as “barras” da pesca, a grosso modo, definem a distância dos arremessos e o peso do material empregado para atingi-la, sendo que com caniços de 2,00 metros ninguém arremessa 150 metros e assim por diante.

Em nosso litoral encontramos, para sermos bem didáticos, dois tipos de praia bem definidos: a rasa e a funda. Fugindo destes dois tipos encontraremos muitas praias com geografia intermediária. E quando falarmos em praias é importante verificarmos que estaremos falando sempre da sua geografia de fundo.

Praias de Tombo ou fundas:

são aquelas que afundam rapidamente com apenas uma arrebentação, já na beira da água. É comum e registra-se uma boa incidência de peixes grandes nesse tipo de praia.

Espraiadas:

são as praias com mais de uma arrebentação, relativamente rasas, onde a primeira arrebentação costuma ocorrer longe da beira, momento em que novamente se forma e volta a quebrar, o que ocorre pela última vez na beira da praia. Os chamados canais, onde na maioria das vezes o peixe é encontrado, ficam entre uma arrebentação e outra. É o local onde normalmente arremessamos para procurar o peixe; é o chamado arremesso atrás da onda.

Posto isso, fica mais fácil visualizarmos as várias distâncias anteriormente citadas, sendo que nas praias mais rasas, as várias arrebentações nos orientam quanto às distâncias possíveis de arremesso, sempre à procura de um local com maior incidência de peixes. Em compensação, as praias rasas, nas marés mais baixas, costumam proporcionar bancos de areia e tornar a pesca possível, às vezes, somente a longas distâncias, o que obriga o pescador a possuir técnicas e materiais adequados para arremessos longos.

Vejamos os nomes dos tipos de peixes de praia mais conhecidos :

Peixes de maior atuação no Fundo:

Corvina, Papa-Terra (betara ou judeu), Cocoroca, Riscadinho, Roncador, Linguado, Voador, Arraia, Cação, Carapeba, Carapicú, Mixole, Pampo, Galhudo, Marimbá, Bagre, Baiacú, Viola, Tira e Vira, Cangulo, Parati-barbudo, Pescada, etc.

Peixes comuns na Superfície:

Anchova, Xerelete, Xaréu, Robalo, Ubarana, Savelha, Olho-de-Cão, Guaivira, etc…

Peixes Perigosos (que necessitam de cuidado no seu manuseio):

Bagre, Arraia, Espada, Cação, Baiacu e etc.

Carretilhas com Freio

Carretilhas com Freio Centrífugo

Alguns pescadores ingressantes no mundo da pesca esportiva ficam tão afoitos na compra de seus primeiros equipamentos que acabam comprando materiais caros sem os devidos recursos, influenciados, às vezes, por vendedores sem escrúpulos.

Assim, na compra de uma carretilha, qualidade é fundamental, principalmente quanto à cabeleira que se forma na hora do arremesso, quando a velocidade do carretel ultrapassa a velocidade da isca, liberando mais linha que o necessário e “embuchando” a carretilha.

Por isso deve-se dar preferência às carretilhas com regulagem do freio centrífugo, que se trata de buchas que seguram o carretel na hora do arremesso. O pescador iniciante deve começar com todas as buchas presas que prenderão ao máximo o carretel, evitando a cabeleira, e à medida que for adquirindo experiência vai soltando as buchas uma a uma.

Este tipo de carretilha é um pouco mais cara do que as convencionais mas o fim dos aborrecimentos compensa o investimento e contribui para o aperfeiçoamento da técnica de arremesso do pescador.

Tipos de Pescaria

Rodada

Nesse estilo se deixa o barco a deriva, sob a ação da maré, controlando com o motor elétrico o posicionamento do barco que deverá ficar próximo à margem ou em cima de algum poço; e da linha, fazendo com que esta permaneça sempre aprumada, em pé, para se ter a noção exata da distância entre a isca (natural e viva de preferência) e o fundo do canal, que deve ser aproximadamente de 1,0 metro.

As varas de 4,00 à 5,00 metros com ação de 1,50 à 2,00, chumbadas oliva de 20 à 40 gramas em canais raso (até 6,00 metros) e de 50 à 70 gramas em canais profundos, limitadas por girador, e chicote com anzol na ponta.

Canal

O canal de águas calmas também permite boas pescarias. O sistema mais usado é o de bóias luminosas com pernada de cerca de um metro, encastroadores e garatéias. Durante o dia, a maior atração fica por conta dos irriquietos Carapaus. Os peixes Espada, abundantes durante o ano inteiro, embora sejam mais procurados, só são encontrados durante a noite. Robalos e Vermelhos, entre outros, também podem ser fisgados nas bocas dos rios e debaixo dos atracadores. A melhor isca para os Carapaus são pedaços de camarão. Mas não rejeitam as iscas artificiais, como jips, grubs e pequenas lulas de borracha.

Nos piers onde as pescarias ainda são permitidas, podem ser capturados uma grande quantidade de peixes miúdos, mas existe a chance de fisgar um Vermelho ou mesmo um Robalo durante o dia.

Arremesso

Trata-se de uma das modalidades de pesca esportiva mais técnicas que a cada dia vem ganhando mais adeptos. Para esse tipo de pesca é necessário conhecer o comportamento dos peixes, bem como as características dos locais onde se pretende pescá-los.

A pesca de arremesso pode ser feita com iscas naturais ou artificiais. A isca é movimentada para dar a impressão de um peixe vivo ou qualquer outro tipo de animal, como um sapo ou uma minhoca, ou para tentar imitar um peixe fugindo ou ferido. As iscas artificiais mais utilizadas são os Plugs de meia água, de fundo e de superfície, Jigs, colheres e Spinners.

O arremesso deve ser o mais preciso possível, pois isso fará a diferença no sucesso da pescaria.

Barranco

Trata-se da modalidade de pesca mais popular em todo o mundo e onde se encontram alguns dos mais tarimbados pescadores, amigos de longa data do rio ou represa de sua cidade. A beira de um rio, lago ou represa é o lugar perfeito para a construção de ranchos de pesca ou para acampamentos. O apego deles por seu “ranchão” favorito demonstra a importância que tem a escolha do lugar ideal.

Os equipamentos indicados são diversos: varas com molinete ou carretilha, caniço simples de bambu ou varas telescópicas de carbono com molinete ou carretilha, além da tradicional linha de mão.

Um artificio que pode melhorar o rendimento da pescaria é a ceva mensal ou semanal. Deixa-se algum tipo de alimento, como milho seco ou verde, mandioca, massa, ração, farelo de arroz ou restos de comida, para acostumar as peixes a comer no local.

Talvez esse tipo de pescador tenha sido o mais prejudicado pela poluição e devastação, o que torna cada vez mais distantes os bons pontos de pesca.

Corrico

Na pesca de corrico, o barco permanece em movimento com o motor ligado. A isca pode ser natural ou artificial. A técnica consiste em arrastar a isca a uma distância entre 20 a 50 metros, com a embarcação em baixa velocidade. Ao ser puxada pelo barco, a isca dá a impressão de estar viva.

São utilizadas varas curtas e bem reforçadas (cerca de 1,8 a 2,5 metros, em média) e as linhas devem acompanhar a ação do equipamento. Nessa modalidade, as carretilhas permitem um melhor.

Costão

A pesca em costão é uma modalidade executada em zonas rochosas do nosso litoral. O material de pesca deve ser sempre equilibrado para esta atividade e deve sempre estar localizado acima da marca da maior maré, evitando, assim possíveis acidentes. Em relação ao equipamento, o tipo de ambiente será o definido considerando o tipo de arrebentação, fundo, etc. De uma forma geral, deve-se ter uma vara de 2,0 a 3,5 metros de comprimento e molinete ou carretilha de porte médio. É indicado o uso de um arranque de 5,0 metros de comprimento de linha 0,50 mm. O empate deve ser preparado da seguinte maneira: na extremidade do arranque deve-se prender um distorcedor; dele devem partir 2 linhas (uma linha 0,35 mm e comprimento de 60 cm para a chumbada e outra linha de 0,50 mm com 30 cm de comprimento com o anzol. Este empate é importante para garantir a preservação do peixe caso a chumbada agarre nas pedras); o chumbo deve ser de bordas arredondadas pois essa forma dificulta prender nas pedras.

O pescador deve escolher com cuidado seu calçamento porque “um escorregão ” pode resultar num acidente de graves conseqüências e até fatal. Outra dica interessante é a utilização de ceva. Geralmente são feitas com elementos do ambiente, como por exemplo os mariscos encontrados na pedra, entretanto, pode-se utilizar pedaços de sardinha, camarão, caranguejos de pedra, etc. A massa de ceva deve ser acondicionada em recipiente que permita a saída dos líquidos da ceva para a água e deve ser posicionada próxima ao local pretendido para a realização da pescaria. O uso de uma linha unindo a ceva ao pescador pode ser útil, permitindo que o pescador execute a liberação de maior quantidade de ceva através de pequenos “puxões” no fio.

As iscas artificiais podem ser colheres, jigs, plugs e as naturais as baratinha do mar, camarão (vivo ou morto), cejo, lula, marisco, mexilhão, pequenos peixes vivos ou mortos, polvo, sarnambí e siris.

Esportiva

A regulamentação da pesca esportiva, criando leis que protejam as espécies, limites para a captura ou até mesmo proibindo toda e qualquer captura de determinada espécie em conjunto com outros procedimentos como a adoção do pesque e solte por um grande numero de pescadores, é fundamental em alguns cursos d’água, uma vez que a pesca é tão popular que muitas vezes a demanda excede a capacidade de produção de um ambiente aquático. Pescar e soltar é uma parte da solução!!!

Soltando um peixe, o pescador esta dando a chance para que ele seja reciclado e possa ser pescado por outros, e além disso dá a ele a chance de se reproduzir, o que é fundamental para a manutenção da população de peixes do local. Isto resulta também no aumento do tamanho médio dos peixes.

O “Pesque e Solte ou Catch and Release” é uma prática que se torna cada vez mais popular a medida que os pescadores esportivos se conscientizam das reais condições das populações de algumas espécies de peixes esportivos. Praticar o “Pega e Solta”, não é simplesmente soltar um peixe após a captura. Existem algumas regras simples que devemos seguir para minimizar a mortalidade dos peixes após a soltura, como por exemplo:

Usar equipamento apropriado ao porte do peixe, e quando fisgamos um peixe é recomendável trazê-lo o mais breve possível para terra ou barco. Usar equipamento leve, pode tornar a batalha entre o pescador e o peixe mais emocionante, entretanto quanto maior for o tempo de duração desta luta, mais estressado ficará o peixe, e ele poderá morrer ao ser solto devido ao acumulo de ácido láctico liberado na musculatura.

Utilização de anzóis e garatéias sem farpas e de preferência confeccionados de materiais não inoxidáveis. O uso de anzóis sem farpa tem se tornado popular entre os pescadores esportivos, uma vez que não há um incremento significativo de ferradas perdidas, antes, pelo contrário, alguns pescadores dizem ter melhorado seus desempenhos uma vez que a farpa nos anzóis pode prejudicar a penetração dos mesmos. A tarefa de remoção dos anzóis fica muito mais fácil e diminui o risco de machucar o peixe durante este ato.

– Se possível, mantenha o peixe dentro d’água, durante a tarefa de remoção os anzóis. Utilize alicates apropriados para executar tal tarefa. Se o anzol estiver fisgado profundamente o melhor a fazer é cortar a linha. Os ácidos estomacais irão dissolver o anzol em pouco tempo.

– Manuseie o peixe o mínimo possível, com as mão molhadas e o mais gentilmente possível, isto ajuda a manter o muco de proteção que recobre todo o corpo e que protege o animal contra infecções. Evite tocar nas brânquias pois é uma região vital e extremamente sensível.

– Antes de liberar o peixe, verifique as suas condições e mantenha-o na água durante alguns instantes, para reanimá-lo, forçando a circulação através de seus opérculos até que ele saia nadando por suas forças.

– Use redes feitas de material macio como algodão ou nylon seda. Puçás feitos de nylon podem remover ou danificar a camada de muco protetora.

Fly

Uma das modalidades mais antigas, deve seu nome (fly em inglês significa mosca) às iscas, que imitam insetos, alimento natural de alguns peixes, como a truta. Essas iscas são confeccionadas artesanalmente com materiais como pêlos, penas, fios de plástico e linhas de costura.

Hoje em dia não só as espécies que se alimentam de insetos são capturadas. As iscas são produzidas com as mais diversas formas, peixes, crustáceos, rãs, etc., aumentando muito as opções dessa modalidade de pesca, utilizada inclusive para capturar peixes de mar.

O equipamento de fly é inconfundível, compõe-se de uma vara comprida e flexível, uma carretilha que parece uma bobina comum e uma linha grossa e comprido (no máximo com 30 metros). A linha é a responsável pelo arremesso, uma vez que as iscas são leves. O peso da linha é que leva a isca até o ponto desejado. Ela vai sendo solta por meio de golpes da vara no ar, ato que ganhou o apelido de “chicotear”. Conhecido como técnica de grande eficiência na pesca de várias espécies de peixes, o fly ainda é pouco difundido.

A pesca com mosca é muito mais que uma modalidade de pesca. É praticamente uma filosofia em que o corpo e a mente devem estar em total sintonia com o meio ambiente.

Oceânica

Nessa modalidade costumam ser usados barcos com motores potentes, pois nela são enfrentados alguns dos maiores desafios da pesca esportiva, como os peixes de bico.

Esse tipo de pesca é realizada nas águas quentes e transparentes, que sejam ricas em pequenos peixes. Também é de extrema importância a presença de uma pessoa experiente em assuntos de navegação do barco, pois para capturar um bom peixe é necessário um bom trabalho de equipe.

Esse tipo de pescaria se assemelha ao Corrico, ou seja, com o barco em movimento, e os peixes de bico podem ser pescados com iscas artificíais.

Pesqueiros (Pesque e Pague)

Os pesqueiros, indiscutivelmente, tornaram-se uma das melhores opções de lazer para os pescadores, com locais cada vez mais estruturados, áreas de lazer, piscinas, chalés, boa comida, enfim, toda a mordomia e segurança para se desfrutar momentos agradáveis com a família. E já sabemos que em todo território brasileiro possui ótimos pesqueiros.

Neles a variedade e o porte dos peixes, facilmente podem ser encontrados é a poucos quilômetros da capital. O ambiente da maioria dos pesqueiros é muito sadio. A filosofia de curtir a natureza, relaxar e, principalmente, respeitar o meio ambiente facilmente transmitido aos participantes, além de propiciar ótimas oportunidades de se realizar novas amizades. O que devemos entender é que os pesqueiros nada mais são do que a extensão de nossos lares, onde o pescador poderá passar momentos realmente agradáveis, fisgando peixes de ótima qualidade e a poucos quilômetros de seus lares, sendo, atualmente, uma das melhores e mais econômicas opções de lazer para as famílias de pescadores.

Nos pesqueiros podemos utilizar material de ultra-leve a médio, mas a emoção sempre fica para quem opta por equipamentos mais sensíveis. A vara na maioria das vezes tem de 1,20 a 2,50 metros e a linha entre 0,25 a 0,45 mm.

Para a pesca de Carpas, por exemplo, utilizamos uma bóia e um chicote entre 50 a 90 cm com a massa na ponta. A massa deve ser colocada em um chuveirinho adequado, sendo modelada no formato de uma coxinha.

Sempre que for em busca de um peixe em especial em um pesqueiro novo, verifique qual a melhor isca, pois na maioria das vezes, os peixes são alimentados com rações próprias do pesqueiro o que faz com que sua isca se torne menos atraente para eles.

Praias

A modalidade de pesca na praia é também conhecida, principalmente no sul do país, como “pé na areia” é bastante agradável de ser praticada, principalmente no verão, quando com o calor a água torna-se mais quente.

Esta modalidade traz ao pescador agradáveis surpresas quando praticada com material ultra-leve, pois torna qualquer peixe motivo para uma boa briga. Ela pode ser realizada em praias de tombo, fundas desde o início, ou em praias rosas, em que a profundidade aumenta lentamente. Nesse caso os arremessos devem ser longos, tentando visar aos canais, locais mais profundos na arrebentação.

Nessa modalidade as técnicas e equipamentos, variam de acordo com a experiência de cada pescador, por exemplo, os fios para amarrar iscas, elastricô e o carrinho de praia. Na maioria das vezes é preciso entrar na água nesse estilo de pescaria, até a altura da cintura, ou do peito, usando vara de bambu ou telescópica.

Praticada em geral com varas compridas, entre 2,50 e 5,00 metros, e linha fina, entre 0,25 à 0,35 mm, para que a isca não seja tão arrastada pelo ação das ondas e atinja uma maior distância. Na linha podemos ter um arranque com linha de, por exemplo, 0,30 ou 0,35 mm, para garantir o lance. Esse arranque deve ter no mínimo 1,50 metro, sendo suficiente para que, preparado para o lance, a linha mais grossa esteja ainda dentro do equipamento. Os anzóis deverão obedecer ao correspondente tamanho do peixe pretendido (veja os tamanhos dos anzóis na seção Apetrechos) e em geral podemos ter três anzóis, com uma distância de 20 a 30 centímetros, presos por um empate na linha mestra.

O chumbo, este sim, deve obrigatoriamente ser do formato pirâmide, já que este fixa-se melhor na areia e deve ser colocado no final da linha.

Quando um peixe grande é fisgado num anzol pequeno, com linha fina, só com habilidade o pescador conseguirá trazer o peixe, será preciso muita calma e paciência. O molinete é o meio mais prático para se fazerem os arremessos com bom aproveitamento.

Os arremessos se fazem quando as ondas se recolhem, a fim de aproveitar o máximo em distância. Em seguida enrola-se o molinete, até que a linha permaneça esticada, sinal que o chumbo está encostado na areia e os anzóis livres, percebendo com facilidade qualquer movimentos com as iscas.

Para praias de banho, onde a profundidade vai aumentando gradativamente, a distância do arremesso é tão importante quanto o local atingido pelo lance. Devemos tentar localizar sempre um canal na praia, pois os peixes se concentram neles. Para descobrir a localização de um canal, basta observar a arrebentação, quando aparecer um intervalo, onde as ondas se tornam arredondadas, as marolas, ali existe um canal. Quanto menores as ondas e maior o intervalo entre as ondas da arrebentação, maior e mais profundo será o canal, e será nesse espaço que deverá ser feito o arremesso. Após o arremesso, pode-se colocar a vara no porta-varas, colocado na linha d’água, deixando a fricção do molinete ou carretilha regulada para que com pouca tração da linha, esta ceda, isto evitará que a vara seja arrancada do porta-varas, após a fisgada do peixe. Na maioria das vezes os peixes de praia se fisgam sozinhos, sendo necessária somente uma confirmação.

Quando um peixe maior for fisgado não podemos ter pressa. Deixe que brigue à vontade e só o tire da água quando perceber que já está completamente entregue. E como é emocionante e esportivo, por exemplo, ver uma pequena betara fazer a fricção cantar, um ruído que aos ouvidos de um pescador é a mais linda das melodias. Procure o peixe começando na chamada “espuminha”, bem rente à areia. Vá depois para o primeiro canal e assim sucessivamente, varrendo completamente todas as opções que a praia lhe oferece.

A outra modalidade, não menos esportiva e interessante, é pescar com vara de mão, que pode ser de bambu ou de fibra, e linha do mesmo tamanho da vara. Neste caso, uma vara de tamanho entre 3 ou 4 metros é o ideal. O melhor equipamento deve ser bastante flexível; a linha poderá ser 0.25 ou 0.30 mm. Neste caso, usa-se apenas um anzol e um chumbo bem leve, de formato oliva e solto na linha.No caso de anzóis muito pequenos, é conveniente usar uma linha elástica do tipo usado para costura, bem fina, e amarrar melhor a isca, já que na espuminha há muito “ladrão de isca”.

Os melhores locais são a beira dos canais, à distância suficiente para que, no volteio da vara, o comprimento da mesma somado ao comprimento da linha possa cair dentro do canal de praia. Dependendo da vontade de cada um, pesca-se no primeiro ou segundo canal. É importante apenas que o pescador fique no banco de areia que separa um canal do outro, já que nesses locais a água é mais rasa e a ação das ondas é menor. Neste tipo de equipamento, a fisgada de um pequeno peixe é também muito emocionante, pois temos a impressão de que é um peixe muito maior do que na verdade se fisgou. Para quem pesca com vara simples, é conveniente ter na cintura um pequeno recipiente para as iscas e um local para acondicionar os peixes, evitando com isso o vai-e-vem de iscar e trazer o peixe para a areia seca.

A pesca de praia com equipamento super leve é hoje praticada por muitos pescadores, que fazem inclusive campeonatos da modalidade, pois além de ser altamente técnica é muito
produtiva e esportiva. As iscas dependem de cada pescador, no entanto, algumas podem ser sugeridas e entre essas estão as seguintes: minhoca de praia, tatuí, sarnambi, corrupto, lulas e mesmo camarão descascado e filezinho de sardinha.

Para encerrar, convém lembrar que este tipo de pescaria não tem um horário melhor, podendo ser praticado tanto à noite como durante o dia. A única dica, que praticamente é uma regra, é que se esta pesca for praticada no horário da enchente da maré será muito mais produtiva, pois é com a enchente da maré que todos os organismos vivos da praia se movimentam e, convenhamos, os peixes sabem muito bem disso.

Rios e Lagos

Para a realização da pesca nestes ambientes, deve-se utilizar roupas leves de cores claras e camisa de manga comprida, para proteger-se dos mosquitos. Outros equipamentos pessoais fundamentais são: faca, tesoura, alicate, alicate-de-corte, chapéu ou boné e um bom repelente.

Podemos utilizar iscas artificiais como colheres, jigs, plugs, ou naturais como capim, frutos, insetos, massas, milho, minhoca, minhocuçú, pequenos peixes vivos ou mortos, queiro e rãs.